sábado, outubro 30, 2010

MULHERES VIVEM MAIS MAS PERDEM NA QUALIDADE DE VIDA

sábado, outubro 30, 2010


Olá! Mais um texto que eu gostei e dedicado a nós mulheres. Somos pau para toda a colher, mas mesmo assim resistimos. Somos as maioooores!!! Sem desprimor para os homens, mas nós trabalhamos mais, preocupamo-nos mais, etc, etc, etc... O problema maior é que depois também somos as mais sacrificadas na doença. UFA...!!!

Morrem menos, mas ficam doentes na mesma altura da vida. A partir dos 45 anos, dá-se a viragem e sexo feminino fica em maioria na UE
"Apesar de viverem mais, as mulheres têm praticamente o mesmo tempo de vida saudável que os homens. Em alguns países, a esperança média de vida chega a ser superior em 11 anos no sexo feminino. Mas a longevidade não corresponde a uma maior qualidade de vida. Em vez disso, traz mais anos de sofrimento. Um cidadão europeu pode esperar viver em média 61,6 anos sem doenças graves ou moderadas, uma cidadã 62,1 - a diferença não chega a um ano. Em Portugal, os números não são muito diferentes, com a saúde das mulheres a durar em média até aos 58.
As conclusões do primeiro relatório sobre a saúde da população feminina na União Europeia, divulgado pela Comissão Europeia, mostram que há mais mulheres na Europa do que homens, apesar de nascerem menos bebés do sexo feminino. O ponto de viragem dá-se aos 45 anos, altura em que o sexo masculino começa a ficar em inferioridade numérica para nunca mais recuperar. "Entre os 65 e os 69 há mais 15% de mulheres e elas são já o dobro acima dos 80 anos", refere o relatório.
Se hoje uma mulher que nasça na União Europeia pode esperar viver até aos 76,5 ou 84,5, dependendo do país, em 2050 a esperança média de vida deverá atingir os 89,1 nos países mais desenvolvidos. O que representa um aumento de cinco anos em quatro décadas. Mas, esta subida fará disparar as doenças associadas à idade.
O relatório, elaborado pela Faculdade de Medicina Carl Gustav Carus, na Alemanha, refere que há patologias influenciadas pelo sexo. O exemplo vai para as doenças mentais, com as mulheres a sofrer mais de demência e Alzheimer. A demência afecta uma em cada 20 pessoas acima dos 65, uma em cinco acima dos 80 e uma em três acima dos 90, mas "há diferenças significativas de género". Acima dos 90, o risco é de 24 para os homens e de 82 para as mulheres.
Também a depressão "é mais comum no sexo feminino". A prevalência desta doença é de 17,1% ao longo da vida na população feminina, mas não passa dos 9,4% na população masculina. As tentativas de suicídio também reflectem esta diferença: são duas vezes mais elevadas em comparação com os homens.
Mas as mulheres são grupo de risco para outras doenças além das mentais. Têm mais probabilidade de desenvolver doenças como osteoartrite, artrite reumatóide e osteoporose. E serão responsáveis pelo crescimento esperado de 26% na diabetes até meados da próxima década. Portugal apresenta nesta área uma das taxas de mortalidade mais elevadas - 25,3 quando a média é de 12,8.
E quais as doenças responsáveis pelo maior número de mortes na população feminina? No topo da tabela estão os problemas cardiovasculares, seguida do cancro, com destaque para o cancro da mama com 29% dos óbitos por causas oncológicas.
A Comissão Europeia considera que, apesar de ser um aspecto relevante, ainda há poucos dados sobre o género na informação existente de saúde pública. E promete para breve uma nova radiografia, desta vez à saúde dos homens."


Rute Araújo
in Gastronomias.com

domingo, outubro 24, 2010

SABIA QUE...

domingo, outubro 24, 2010

... este mês de Outubro tem 5 sextas-feiras, 5 sábados e 5 domingos?
Isto só acontece uma vez em cada 823 anos.

E que baseado no Chinês Feng Shui, tal significa sacos de dinheiro?

(SE OS ENCONTRAREM DIGAM-ME)

terça-feira, outubro 12, 2010

REFORMADOS ACTIVOS - SOMOS OS MELHORES

terça-feira, outubro 12, 2010


Muito se tem falado sobre este tema, mas nunca é demais lembrar de alguns a ganhar tanto e outros a tentarem contar os tostões até aos primeiros dias do mês, porque quando chega ao fim já se estão a contar os dias, as horas e os minutos para receber outra vez. Quantas contas não ficam para trás por pagar e outros há ainda que recebem o chamado "rendimento mínimo" e não precisam e outros que precisavam de uma pequena ajuda é só entraves. Já sei, politiquices da Segurança Social. Mas não vou entrar por aí, pois não tenho camionete para me meter nela. Além de ser muito complicado daria pano para mangas. Só para verem, descontei 40 anos e pouco mais do que o ordenado mínimo nacional recebo como reformada e sempre com descontos em dia, pois em todas as entidades patronais por onde trabalhei nenhuma faltou com os seus descontos também. Ah! E fui obrigada a reformar-me, porque com a minha idade ninguém dá trabalho a ninguém a não ser por "cunhas" e essas não tenho. Assim, como não tenho a idade mínima exigida para a reforma estou a ser penalizada e ainda desconto para o IRS. Haja Deus! E mesmo assim posso me considerar "feliz" porque ainda há pessoas piores do que eu. Aqui deixo um artigo do Joaquim Fidalgo que mostra bem o País onde estou ou estamos inseridos:

Ao menos num capítulo ninguém nos bate, seja na Europa, nas Américas ou na Oceânia: nas políticas sociais de integração e valorização dos reformados.
Aí estamos na vanguarda, mas muito na vanguarda. De acordo, aliás, com estes novos tempos, em que a esperança de vida é maior e, portanto, não devem ser postas na prateleira pessoas ainda com tanto a dar à sociedade.
Nos últimos tempos, quase não passa dia sem que haja notícias animadoras a este respeito. E nós que não sabíamos!
Ora vejamos:
* O nosso Presidente da República é um reformado;
* o nosso mais "mortinho por ser" candidato a Presidente da República é um reformado;
* o nosso ministro das Finanças é um reformado;
* o nosso anterior ministro das Finanças já era um reformado;
* o ministro das Obras Públicas é um reformado;
* gestores activíssimos como Mira Amaral (lembram-se?) são reformados;
* o novo presidente da Galp, Murteira Nabo, é um reformado;
* entre os autarcas, "centenas, se não milhares" de reformados - garantiu-o o presidente da ANMP
* o presidente do Governo Regional da Madeira é um reformado (entre muitas outras coisas que a decência não permite escrever aqui);
E assim por diante...
Digam lá qual é o país da Europa que dá tanto e tão bom emprego a reformados?
Que valoriza os seus quadros independentemente de já estarem a ganhar uma pensãozita?
Que combate a exclusão e valoriza a experiência dos mais (ou menos...) velhos? Ao menos neste domínio, ninguém faz melhor que nós.
Ainda hão-de vir todos copiar este nosso tão generoso "Estado social"...


Joaquim Fidalgo
Jornalista

"A sabedoria tem dúvidas, a ignorância, tem certezas absolutas"

domingo, outubro 10, 2010

SATISFAÇÃO SEXUAL FEMININA

domingo, outubro 10, 2010

Já tenho idade para poder falar, sem tabus, sobre este tema: sexo no feminino. No entanto, gostei deste artigo que aqui vos deixo, pois demonstra bem este assunto:


Contrariamente ao passado, a mulher actual quer uma sexualidade plena, que não se restrinja ao acto mecânico da penetração ou da exclusiva satisfação masculina de outros tempos.
Na mulher adulta, a plenitude sexual divide-se em três fases complementares: o desejo, a excitação e o orgasmo. Assim, muito mais do que uma satisfação fisiológica, o acto sexual deve ser um momento de amor dividido com quem se ama, uma actividade envolta em erotismo e não em pornografia. É nessa procura que, muitas mulheres ou sofrem o desencanto da sexualidade ou procuram parceiros capazes de lhe dar esse prazer.
Isto porque, para a mulher é fundamental amar e ser amada e, essa expressão afectiva resulta num acto pleno de trocas e carícias que percorrem o corpo, os sentidos e se projectam num momento intenso de prazer.
A falta de desejo e interesse pela actividade sexual pode então ter várias causas: factores hormonais, dores na penetração pela falta de excitação e lubrificação, timidez, medo de dizer ao companheiro, falta de desejo pelo parceiro, pouca coragem para melhorar a sexualidade ou ter um parceiro possessivo e pouco aberto ao diálogo e à mudança.
Muitas vezes, o acto individualista do homem se concentrar no seu prazer e de descurar a mulher, inibe-o de descobrir outras formas de prazer para si e para ela, já que muitos homens desconhecem o mundo feminino e as suas potencialidades. As fantasias do homem esgotam-se no cumprimento de filmes, revistas, posições infinitas e não contemplam o prazer de cada momento.
A mulher quer novidade, mas intensidade e entrega do parceiro; cada posição requer gestos afectivos e amor. Quer que ele a dispa de preconceitos e sabedorias ancestrais e que vivam em conjunto a descoberta do corpo, do que lhes dá mais excitação e prazer, que façam fantasias e que recriem os momentos para elas.
Na sociedade moderna, o conhecimento da sexualidade e o diálogo com o parceiro constituem aspectos decisivos para uma sexualidade que é distinta entre homens e mulheres. A condição adulta feminina requer compreensão, tempo, partilha e a sensação de que o parceiro está no acto para que o prazer seja de ambos.
Tal como o homem não é um objecto de prazer que deverá estar sempre disposto a cumprir um acto leviano, igualmente a mulher não o aceita dessa forma.
O homem tende a mostrar-se impotente quando não pode cumprir a sua função de macho como deseja e como lhe foi instituído, pelo que a mulher, muitas vezes, arranja desculpas para fugir à sexualidade, pois esse estilo já não se enquadra nas suas expectativas.
Eis pelo que a sexualidade na era moderna não é satisfatória como seria desejado. No fundo, o essencial é que ambos desenvolvam competências actualizadas e capazes de conferir a plenitude sexual que, sem dúvida é um ponto de união na conjugalidade.
A mulher tem fantasias sexuais, quer desejar e ser desejada e considera-se interessante na intimidade. Por natureza, leva mais tempo para se excitar e para que tal aconteça, precisa de se sentir atraída pelo companheiro, que ele a acaricie, que seja criativo nos preliminares e sem pressa para chegar à penetração, exige o orgasmo que é uma vitória da cultura moderna.
Os estudos relativos à sexualidade mostram que, contrariamente aos homens, só uma parte das mulheres se sentem satisfeitas na sexualidade, o que revela um pouco desenvolvimento intelectual e cultural do homem em muitas civilizações, mas também o silêncio das mulheres que aceitam a frustração de uma sexualidade pobre e pouco gratificante.
A necessidade de inverter esta tendência prende-se com a informação que deverá passar dos meros filmes porno ou livros que, só alimentam o lado animalesco masculino, em que se privilegia o acto mecânico da penetração, as posições que, muitas vezes, são meras descompressões de prazer avulsas e bruscas, para um olhar atento da companheira que se tem ao lado.
O homem deverá interessar-se pelo prazer da mulher, pela forma como se excita e atinge o orgasmo, pois caso contrário, terá um objecto de prazer a curto-prazo, do qual se cansará em pouco tempo e vislumbrará a troca.
Por outro lado, a mulher também tem um papel decisivo: ajudar o homem a satisfazê-la, partindo do pressuposto de que ele não sabe e ensiná-lo. Neste aspecto, também os media podem ter um papel importante, pois difundir outras formas de viver a sexualidade, funcionará como um acrescento cultural necessário e capaz de contrapor as ideias anteriores do “animal feroz” na cama, que se acha o máximo e que cumpriu o Kama Sutra, mesmo sem que a mulher se tenha apercebido!
A sexualidade feminina não começa nem se esgota na cama, já que a vida diária pode ou não excitá-la para o acto de prazer. A mulher valoriza a convivência, a comunicação entre o casal, o apoio, o afecto e a entrega do parceiro no relacionamento.
Sem esses requisitos, dificilmente manterá uma sexualidade satisfatória, pois é uma questão biológica. Se o passado nos deu uma ideia errada da mulher, cabe ao presente repor a verdade, pois afinal, tudo mudou e é preciso aceitar os novos desafios, por uma sexualidade plena.
A mulher levou uma história para tentar inverter a sexualidade masculina, agora deverá fazer a história da satisfação feminina!

Maria Gomes
in Gastronomias

quarta-feira, outubro 06, 2010

O DIVÓRCIO JÁ NÃO TEM IDADE !!!

quarta-feira, outubro 06, 2010


Aqui está um tema que daria pano para mangas, ou seja, para um bom debate. No tempo das nossas avós seria impensável que um casal se separasse, a mulher tinha de aguentar todo o tipo de sevícias que o marido lhe apetecesse infligir. Aliás, até mesmo no tempo das nossas mães ainda não era bem visto uma senhora separada ou divorciada, mas já havia algumas. Hoje, é o prato do dia. Há poucos casais que possam dizer que têm um casamento longo, estamos na época do casa descasa, como dizia o Jô Soares. No entanto, parece que até entre os casais com dezenas de anos de casamento se querem divorciar. Então leiam o artigo que aqui deixo e que, para mim, foca muito bem o problema actual:



Quando muito se tem falado no elevado número de divórcios nos casais mais jovens, importa atender também a um fenómeno mais recente que parece trazer para a sociedade dados novos do que não está bem entre os casais.
Trata-se dos divórcios depois de se completarem décadas a dois, após o casamento dos filhos, na fase de envelhecimento e quando faria sentido a compreensão, a companhia e o conforto emocional, supostamente construídos ao longo do casamento e que não aconteceu pelos mais variados motivos.
Muitos parceiros planeiam o divórcio a partir do momento em que se apercebem da incompatibilidade conjugal, existindo casos em que não se conversou acerca do assunto e que simplesmente se pensou e programou a separação para uma altura mais oportuna de vida.
Quase sempre a decisão é pessoal, sendo que é comum um dos parceiros “apanhar de surpresa” essa decisão, mesmo sabendo que a vida não era satisfatória para ambos, mas um dos elementos ganhou coragem para a mudar. Após essa tomada de consciência, muitos parceiros adiam a decisão em prol da educação e processo de autonomização dos filhos.
Ao mesmo tempo, o fator património constitui um objetivo: acumular a auto-suficiência numa fase posterior de vida e construir outros planos para si, já que o dinheiro assume um papel determinante numa fase em que se exige conforto e, muitas vezes, um incentivo para um novo casamento. Ao mesmo tempo, quanto mais património o casal reunir, melhor ficarão ambos na divisão; isto no caso da comunhão de bens.
Note-se que, numa idade mais avançada, esta postura de lucro assume mais importância do que qualquer outra, pois quando já não existe interesse pelo outro, o materialismo ocupa esse espaço.
Se por um lado, o divórcio é uma fase delicada para um casal, por outro, com esta postura face ao casamento, a separação acaba por ocorrer logo que estejam reunidas as condições, nem que isso aconteça após os 50 anos.
Ao mesmo tempo, enquanto que o inconsciente de cada conjuge está a delinear a sua vida sem o parceiro, está a acreditar que é possível viver experiências novas que aquele casamento não lhe possibilitou, o que parece facilitar a coragem para avançar com a separação. Nem sempre esta decisão é conjunta, nem do agrado de ambos, mas a nova legislação veio facilitar aqueles que estão decididos a prosseguir com um novo projeto de vida.
Efetivamente, há casos em que o divórcio parece fatalmente ser a solução possível para a falta de interesse, ausência de prazer, gostos distintos, discussões sucessivas, desentendimentos a vários níveis, falta de capacidade para entender o outro, diálogo pouco satisfatório ou esclarecedor, dificuldade em acertar planos conjuntos, perda da atividade sexual, aumento do estado de angústia face ao outro e ao amor, descrença do que diz, falta de confiança, infidelidade promessas não cumpridas e falta de expetativas face ao relacionamento, o que se sublimou durante anos com a esperança de encontrar uma alternativa ao modelo de vida instalado.
Se o divórcio pode ser uma ameaça e servir de incentivo para uma mudança comportamental no seio do casal e para uma reconciliação, por outro consiste num alívio ou numa solução para travar um percurso de angústias e de sofrimento, pelo que, em muitas situações, não há outra possibilidade, muito embora, existam casos de sucesso em que o diálogo franco e a adoção de outra postura face ao casamento devido á maturidade e ao encontro de ideais para ambos, alteraram e contornaram as divergências, muitas vezes sem sentido entre os parceiros.
É de salientar que, o aumento dos divórcios está associado aos novos interesses dos indivíduos, à possibilidade de se divorciarem, o que não aconteceu no passado e á procura de mais satisfação conjugal que já não se acredita ser possível com aquela pessoa. Também a violência doméstica, ainda muito vincada na nossa sociedade, é um dos grandes pretextos para a separação nos casais mais velhos, sobretudo pelo desgaste, pela mentalização de que se merece melhor e pela facilidade de resolver estes processos outrora litigiosos.
Com a emancipação da mulher, também são muitos os traços relacionais que se alteraram e deram lugar a outros ideais para um relacionamento. Não nos podemos esquecer de que, a mulher era uma mártir nos casamentos e que hoje se assume como alguém que tem direito à sua felicidade, sendo a intimidade um ponto fundamental nesta mudança.
A mentalidade masculina nem sempre acompanhou os interesses e aspirações femininas e, enquanto que há mulheres que esperam por essa mudança, são muitas as que desistiram e, aquando se sentem independentes em termos financeiros, consolidam a ideia e passam para o divórcio. O homem, ao perceber que a mulher não o corresponde, avança para a infidelidade, consumando o divórcio em caso de substituição conjugal, pressão da nova companheira ou em casos extremos, pela necessidade de mudar de vida conjugal e de procurar alternativas.
Convenhamos que, o fato da mulher trabalhar fora de casa, ajuda neste processo que foi evitado durante um percurso histórico, pois as dificuldades financeiras amordaçavam os desejos femininos. Ao mesmo tempo, foram muitas as mulheres que, para segurarem os casamentos, adiaram a independência natural dos filhos, fosse pelo medo de estar só com o marido, fosse pelo medo de ter de se divorciar. Esta realidade acarretou consequências também desastrosas para os descendentes que se viram obrigados a manter o casamento dos pais pelas dificuldades financeiras da mãe ou pelo medo da solidão.
Entende-se assim, a razão pela qual Portugal conhece um período em que já não existe uma idade para acontecer a suspensão da convivência conjugal e que existem motivos bem definidos para a sua ocorrência, sendo de contemplar a própria evolução e dinâmica social que alargaram horizontes gerando novas expetativas para contrapor o casamento para “toda a vida”.
Importa ainda ter em conta que, o conceito de casamento também se alterou, já que os parceiros têm liberdade para escolher a pessoa com quem desejam dividir a sua vida, existe uma maior noção do que é o casamento, pois este não é um ato social, nem procriativo, muito menos um emblema para o homem em que a mulher não faz parte.
Estamos no tempo da harmonia conjugal, do diálogo, da divisão de tarefas, da satisfação sexual, da partilha de responsabilidades e interesses, pelo que é natural que, os casais mais velhos, queiram experimentar algo a que têm direito, afinal a idade não pode retirar os planos e a felicidade ao ser humano.
Depois mudou o tempo da espera pela mudança do parceiro numa época em que se quer viver em paz interior e, são cada vez mais raros os casos de casamentos que se mantêm nessa procura da felicidade de um dos elementos, pois deseja-se uma construção conjunta.
Também o traço mais caraterístico dos casamentos do passado que era a definição clara dos papéis do homem e da mulher, não consiste hoje um motivo para a união, já que ambos trabalham e têm o seu conhecimento. A mulher não aceita tão facilmente ser enganada e mal tratada pelo companheiro e ele já não coloca o casamento acima dos valores sociais ou religiosos.
O casamento faz-se de um compromisso que, pode ou não ser assinado e, quando não são cumpridos os requisitos do bem-estar, dissolve-se e procura-se outra forma de vida. De acordo com esta realidade, percebemos a importância de encarar uma relação a dois com responsabilidade e seriedade para que esta perdure com entusiasmo e valores atualizados, pois o tempo não volta para trás!

Inês Medeiros - www.algarveprimeiro.com